Utopia política.

Quem fala aqui é um jovem professor de 21 anos. Lendo uma carta que um senhor havia escrito, reclamando da política de nosso país. Analisei na mesma uma realidade para quem não acompanha a política brasileira, ou então, odeia ver injustiças no nosso cenário político. A carta dizia. “Não vale à pena votar, que votar é uma tremenda perda de tempo, que é errado a obrigatoriedade do voto para quem for maior de 18 anos e que todos os políticos são um só”.
Vi-me na obrigação de questioná-lo. Em termos, esta realidade da obrigatoriedade do voto desperta em muitas pessoas uma certa revolta, pois muitos não querem ir às urnas votarem, mais lhe digo se o voto não fosse obrigatório para maiores de 18 anos, com certeza grande parcela da sociedade não iria manifestar seu direito. Digo mais, votar com certeza “vale a pena”, não digo votar em quem está à frente das pesquisas eleitorais, mas votar no candidato que você acha ser o melhor para nos representar. Na questão de que todos são um só, concordo cegamente com o senhor, mas todos sendo um só, talvez este que a gente eleja faça a diferença. A grande parcela da sociedade se envergonha das fraudes que tem aparecido em nosso sistema político e digo mais: uma boa parcela não gosta de política e por isso criam um preconceito sobre ela, não conseguindo assim ver vantagens nela ou em quem as faça (nossos representantes políticos).
Mas quero me permitir o direito de sonhar, de imaginar uma utopia, quando conversando com o senhor pudesse dizer “Hoje os brasileiros se orgulham de nossa política” e obtivesse a seguinte resposta “É, a nossa política é mesmo motivo de orgulho nacional”.
Ouvir o senhor me respondendo assim, seria maravilhoso, porem quando retorno de meu sonho ou de minha utopia, vejo que esta é uma realidade distante, que se ele respondesse dessa forma eu haveria chegado ao êxtase de meus pensamentos, onde, nossos cidadãos tivessem orgulho do cenário político brasileiro e também de irem às urnas, exercer com alegria a função de eleitor como cidadãos conscientes.